O setor de panificação representa, aproximadamente, 63 mil estabelecimentos, que movimentaram R$ 84,7 bilhões no último ano, segundo dados do Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP).
Para atender o público com uma dieta diferenciada e restritiva, as padarias têm aumentado a demanda por produtos sem glúten.
“Hoje, a maioria dos brasileiros está mais consciente com a alimentação. Muitos já entendem a necessidade de tirar alguns ingredientes para chegar a uma alimentação mais saudável”, diz Erika Schuster, fundadora da Grão Fino.
Produtos sem glúten, lactose e açúcar refinado são apostas das empresas para crescer. “É um mercado em crescimento, mas exige cautela porque é um público diferenciado e seletivo. Eles leem rótulo e não compram qualquer coisa”, conta a publicitária Elisabeth Nicolau, proprietária da Sabor de Saúde.
Os estabelecimentos atraem tanto pessoas alérgicas a alguns alimentos, quanto pessoas que buscam um estilo de vida mais saudável. “Eu abri a Lilóri pensando no meu filho, que nasceu com intolerância ao glúten, à lactose e à soja. Hoje, nosso público é 50% de pessoas intolerantes e 50% de pessoas que apenas preferem alimentos mais saudáveis e nutritivos na dieta”, conta Mariana Abib Pierre, sócia da Lilóri.
Para abrir a padaria, Mariana investiu R$ 800 mil em 2014. Atualmente, o negócio já prevê a inauguração da segunda unidade, também em São Paulo. Os produtos ofertados pela padaria variam de R$ 3,50 a R$ 40.
Fonte: Revista PEGN