A alimentação saudável fez com que alimentos orgânicos crescessem dois dígitos nos últimos dois anos. O crescimento não era esperado para 2015, tendo em conta a atual situação econômica vivida no País e com a renda menor vivida pelo trabalhador.
Os produtos orgânicos são, geralmente, mais caros que os tradicionais, mas não foi um motivo que tem pesado na escolha dos consumidores. Em 2014, esse setor teve aumento de 30%, fechando as receitas com R$ 2 bilhões. Para esse ano, a expectativa é chegar ao fim do ano com faturamento de R$ 2,5 bilhões.
Ming Liu, coordenador do Organics Brasil, não fica surpresa com o crescimento. “O segmento de orgânicos no mundo sempre cresceu em tempos de crise. Em 2008 e 2009, nos Estados Unidos e na Europa, não foi diferente. Ele explica que, em tempos de crise econômica, é comum o consumidor não ser tão fiel à marca e migrar para produtos mais baratos. ” No caso dos orgânicos, a marca sempre foi secundária. A procura é por produtos com garantia de alimentos com garantia de alimento seguro e que fazem bem à saúde”, explica.
O diretor da Korin Agroindustrial, Edson Siguemoto, também concorda quanto o crescimento. “Historicamente, crescemos mais em anos de crise”, conta. Embora o cenário econômica não esteja tão favorável, isso não afeta a empresa. Atualmente ela investe R$5 milhões na ampliação da capacidade de abate de aves, carro-chefe da empresa. Ela abate 18 mil aves por dia, com a mudança, passará para 40 mil.
De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (Apas), retirar produtos da lista de compras é a última atitude adotada por consumidores.
Fonte: Folha de São Paulo