Instalação e manutenção de caixa de gordura podem evitar entupimento da tubulação
O descarte incorreto do óleo de cozinha está entre as principais causas de obstrução do encanamento em estabelecimentos comerciais, a exemplo de bares e restaurantes, requerendo manutenção periódica. A evidência é apontada pela desentupidora Roto-Rooter, cujos chamados emergenciais relacionados à falta de caixa de gordura e/ou manutenção dos pequenos tanques correspondem a 40% dos atendimentos.
A caixa de gordura é um componente do sistema de esgoto, que deve ser instalada na saída de água da pia e de máquinas de lavar louças e sua função é reter a gordura antes que esse resíduo vá para a tubulação e caia na rede pública, administrada pela concessionária de água e esgoto. A caixa funciona como uma espécie de filtro, que impede que a gordura siga adiante pela tubulação.
“O mecanismo é bastante simples: a caixa de gordura é composta por um septo – uma divisória que separa duas estruturas. Nela, sempre fica represado um determinado volume de água. Quando a água suja, com óleo entra na caixa de gordura, o óleo boia, ficando retido na caixa, enquanto a água segue passagem”, explica Plínio Protásio, gerente de operações da Roto- Rooter. Segundo ele, ao esfriar, o óleo transforma-se em material sólido e, sem a caixa de gordura, fixa-se na tubulação. Com o passar do tempo, o acúmulo de rejeito reduz o espaço para a passagem da água até interrompê-la.
Manutenção periódica
Embora a caixa de gordura tenha acesso fácil para limpeza, não é comum a manutenção preventiva estar no rol de prioridades dos brasileiros. “Geralmente, somos chamados quando já existe o problema do entupimento e o serviço é emergencial. Em bares e restaurantes, a falta de manutenção preventiva pode implicar na paralisação das atividades e consequente perda de renda, ainda que por um período curto de interrupção.”
O indicado é que a manutenção da caixa de gordura em bares e restaurantes seja feita mensalmente, para evitar entupimentos, e que a crosta de gordura seja retirada e descartada de maneira correta, sem prejuízo ao meio ambiente. De acordo com a Sabesp, cada litro de óleo de cozinha que vai parar nos rios e represas tem potencial para contaminar 20 mil litros de água. O tratamento da água, assim como do esgoto encarece em face a esse tipo de poluição, o que acaba na conta do contribuinte. Isso sem contar o prejuízo ambiental à vida das espécies desses habitats.
Cuidados no dia a dia
Além da manutenção preventiva, o especialista da Roto-Rooter recomenda alguns cuidados que podem ser adotados rotineiramente. “Ainda que o imóvel conte com a caixa de gordura, o óleo de cozinha nunca deve ser descartado no ralo. O ideal é colocar o excesso em um recipiente e destinar o material para a coleta seletiva ou destiná-lo a pontos de recebimento. Outro cuidado é o uso de ralos na pia. “Geralmente os alimentos quentes são envolvidos em óleo, por isso a importância do uso do ralo, tanto para conter o resíduo sólido como para evitar a deposição da gordura.”
A NBR 8160, da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – orienta sobre a construção de caixas de gordura.
Site: www.rotorooter.com.br