O serviço de delivey de comida feito por aplicativo deve dobrar até o final do ano. Essa é uma expectativa das duas empresas do setor: Ifood e Hellofood, donas de aproximadamente 90% de market share.
Um dos motivos do crescimento é a alimentação fora do lar que, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), cresce a uma média de 14,2% por ano. Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima que os brasileiros gastem em média 25% de sua renda em alimentação fora de casa. “É aí que os aplicativos estão entrando. Nesse momento em que a alimentação fora do lar se acentua, eles aproveitam para oferecer esse serviço através da tecnologia”, conta Percival Maricato, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em São Paulo (Abrasel).
Os aplicativos de delivery têm crescido cerca de 1% ao mês, cobrando uma comissão média de 12% por cada pedido. O restante do dinheiro, assim como a responsabilidade da entrega, é do restaurante. De acordo com Felipe Fioravante, CEO do Ifood, cerca de 5% de todo o delivery de alimentos são feitos através do app. Até o final do ano, a expectativa é que esse número dobre, e chegue a 10%. Por mês, o Ifood recebe 800 mil pedidos por mês. “Até dezembro a gente estima alcançar uma média de 1,3 milhão de pedidos por mês. Até por isso estamos aumentando o portfólio de estabelecimentos que estão no software”, afirma.
O delivery Hellofood tem focado na qualidade do portfólio de estabelecimentos que atendem. De acordo com Roberto Gandolfo, co-CEO da empresa, uma das medidas para isso foi diminuir de 3 mil para 2 mil o número de lojas atendidas pelo app. “Tomamos a decisão de que a nossa estratégia estaria focada em oferecer a melhor experiência possível para o consumidor. Então, analisamos cada um dos três mil restaurantes para ver se eles atendiam o cliente de forma adequada e em um tempo estipulado que consideramos aceitável”, explica.
De acordo com Gandolfo, até o final de 2015, a Hellofood pretende ter 2,5 mil estabelecimentos conveniados ao aplicativo. Ele acredita que, até 2018, o mercado de delivery via app represente 30% do total de entregas.
Fonte: DCI