Empresários pedem apoio do governo para evitar falência de negócios durante pandemia do novo coronavírus
A Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil) reforça a mobilização de donos de bares e restaurantes paulistas que reclamam da falta de apoio do governo durante a pandemia do coronavírus. Empresários da região da Vila Olímpia, em São Paulo, programam uma manifestação esta terça-feira (26), para alertarem população e autoridades sobre grande risco de falência dos negócios prejudicados por decreto durante a crise sanitária.
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Os empresários dizem que se sentem prejudicados com o fechamento de vários pontos de comércio e o isolamento social, previstos em decretos publicados pelo governo do Estado para prevenir a contaminação do vírus. As medidas, segundo eles, também prejudicam as fábricas de bebidas regionais, que viram a maioria dos clientes comerciais fecharem as portas, deixando de comprar seus produtos. Donos de indústrias de São Paulo afirmam que, em média, houve queda de cerca de 30% no faturamento.
Proprietários de 220 bares e restaurantes ponderam que, sem apoio dos governantes e da população durante a crise, não conseguirão trabalhar mesmo após o término da quarentena. Para a manifestação, ninguém vai receber clientes nem acender os fogões, mas exibirão faixas com o pedido de socorro nas entradas dos estabelecimentos.
Os empresários do comércio alimentício da região paulista fazem questão de dizer que o ato não é contrário as regras de isolamento social. Dizem entender a gravidade da pandemia do coronavírus, mas querem, depois que tudo passar, estar em condições de voltar a trabalhar.
Eles preparam uma lista de reivindicações, entre elas: anistia do IPTU nos meses fechados e de 50% até o final do ano; redução ou suspensão das cobranças de contas de consumo pelo tempo de até 90 dias após o retorno, assim como não permitir cortes de luz, água e gás e cobranças em cartório; a prorrogação por mais dois meses do empréstimo para pagamento dos funcionários e da suspensão dos contratos de trabalho, além de financiamento do BNDES sem custos adicionais.
Apoio da associação
O presidente da Afrebras, Fernando Rodrigues de Bairros, disse, em entrevista ao Portal de Bebidas Brasileiras, considerar válida a manifestação dos empresários para a manutenção dos negócios. “É de extrema importância que chamem a atenção dos governantes para que o setor de alimentos e bebidas não seja ainda mais prejudicado pelos efeitos dos decretos”, reforçou Bairros. “Já que o faturamento caiu, é justo que os valores dos tributos pagos ao Estado diminuam também”, asseverou.
O representante de bebidas brasileiras ressalta que as pequenas e médias empresas regionais geram grande quantidade de empregos formais e informais. Ele afirma que a falência desses negócios pode afetar centenas de famílias. “Muitas famílias dependem do pequeno comércio para sobreviver. Se o governo e a população não se unirem para os ajudar, muita gente será prejudicada”, alerta o presidente da Afrebras.
O governo do Estado e a prefeitura não tem sido sensível aos pedidos feitos por empresários de adiamento e anistia dos pagamentos de impostos. Alegam que medidas como essas teriam forte impacto econômico na arrecadação, justamente num momento em que precisam de recursos para bancar o aumento da demanda nos serviços de saúde.
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