Para a Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira é fundamental seguir as recomendações oficiais definidas pelo COI – Conselho Oleícola Internacional para que o resultado final da avaliação seja o mais fiel possível
Tornou-se bastante usual a realização de “teste às cegas” no meio gastronômico. Os participantes das áreas mais distintas provam diversas marcas de produtos, sem saber quais são, e dão notas e comentários sobre cada experiência sensorial. Feito de forma lúdica, essa avaliação aponta impressões subjetivas, sem embasamento técnico.
Esse tipo de teste também é realizado por empresas e entidades de classe para avaliar a qualidade e conformidade de seus produtos, porém, os critérios são outros e devem ser seguidos à risca. “No caso dos azeites nos baseamos no anexo XII do Reg. (UE) N.º 1348/2013 do COI – Conselho Oleícola Internacional, que rege as avaliações de azeites de oliva. Qualquer teste feito fora das especificações do anexo não pode ser considerado tecnicamente como avaliação de qualidade”, explica Rita Bassi, presidente da OLIVA.
Passo a passo
Uma série de recomendações são indicadas para que a prova seja feita da melhor maneira possível. O local deve ser cômodo, com cores neutras e relaxantes, iluminação artificial adequada e sem ruídos; a sala não deve ter qualquer tipo de odor e ter temperatura ambiente entre 22° e 25°C. “A prova é individual e os provadores não devem se comunicar, evitando dessa maneira qualquer tipo de troca de informações”, alerta Rita.
As amostras não devem ser preparadas na mesma sala de provas e a preparação deve ser feita em copos afunilados na cor azul escuro, isentos de qualquer odor, nos quais são colocados 15 ml de azeite a uma temperatura em torno de 28°C; as amostras devem permanecer tampadas com vidro para evitar perda de seus aromas.
É importante ressaltar que os provadores devem ter treinamento e experiência sobre o assunto, pois passarão por um conjunto de testes, elaborados pelo chefe de painel, com o intuito de definir o seu limite de detecção para todos os parâmetros analisados. Nesta fase, grande parte dos provadores podem ser rejeitados, por não terem a sensibilidade necessária para integrar o painel.
“É imprescindível que esses passos sejam seguidos em um painel, pois só assim teremos certeza da idoneidade dos testes. Os consumidores devem ficar atentos aos critérios utilizados nas avaliações para saber diferenciar o lúdico do profissional”, comenta a presidente da OLIVA.
Sobre a OLIVA
A OLIVA – Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira é uma entidade sem fins lucrativos que foi criada com o objetivo de esclarecer dúvidas e orientar consumidores e o mercado sobre a cultura do azeite, além de promover o desenvolvimento do segmento no Brasil, respeitando os consumidores e as leis vigentes.
Filiada ao COI – Conselho Oleícola Internacional, órgão subordinado a ONU – Organização das Nações Unidas, encarregado de gerir o Convênio Internacional do Azeite de Oliva, segue padrões e diretrizes de excelência e qualidade, além de aplicar essas orientações no Programa de Controle da Pureza dos Azeites, visando à preservação e autenticidade dos produtos.
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