Restaurantes do interior de São Paulo resolveram se unir para economizar. Os estabelecimentos trocam mensagens para repassar os preços de produtos mais em conta.
“No início era uma brincadeira de amigos, uma brincadeira séria, ‘olha, eu estou aqui em tal lugar, encontramos um preço legal de óleo, encontramos um preço legal de bacon'”, afirma Brito Botelho, dono de lanchonete.
O que começou como brincadeira se tornou uma parceria até na compra dos produtos com fornecedores. “Eu compraria pros nossos restaurantes a média de 100 quilos de filé de frango, por exemplo. No entanto, para o grupo, nós negociamos direto com o fornecedor a média de 2 a 3 toneladas, consequentemente com uma quantidade maior, o preço cai e nós não passamos esse preço para o consumidor final”, conta Leandro Veloso, dono de restaurante.
Com o tempo, outros produtos começaram a ser pensados para economizar. Descartáveis, maquinários e até publicidade entraram no esquema. A união que começou alguns restaurantes, hoje é uma associação com mais de 300 empresários. Todo o suporte jurídico e técnico foi necessário e o próximo passo é a criação de uma Central de Distribuição de Alimentos, para comprar direto com o produtor.
“Isso funciona não só para o setor de restaurante, mas funciona para todos os setores em qualquer cidade. Essa é uma formula de sucesso para o pequeno se viabilizar diante de uma crise como nós estamos neste momento”, explica Antônio Carlos Ribeiro, gerente do Sebrae Piracicaba.
A união ajudou também o bolso do consumidor. “A gente não percebeu nenhum aumento significativo. Para quem come todo dia, almoça fora, no final do mês, faz diferença”, disse um cliente.
Fonte: G1