Para manter os alimentos frescos, muitos restaurantes vêm aderindo a criação de hortas nos próprios restaurantes, além de deixar o custo mais barato.
O chef Gabriel Matteuzzi, 38, do Tête à Tête, em São Paulo, mudou sua rotina de trabalho para criar uma horta, nos fundos do restaurante. Todos os sábados, ele dedica 2 horas para cultivar mudas de ora-pro-nóbris, tomilho-limão, manjericão e outros ingredientes. ” O hibisco não cresceu, e eu nunca entendi o motivo”, conta Matteuzzi, sobre o plantio, que nem sempre dá certo. O chef já tinha experiência com plantas, desde quando estagiou com Michel Bras, no restaurante Bras, onde são cultivadas mais de 140 espécies de plantas.
Comum em praças e canteiros da capital paulista, as hortas urbanas vem ganhando cada vez mais espaço em restaurantes, deixando os ingredientes mais frescos e também mais em conta. De acordo com Fernanda Danelon, do Instituto Guandu, que presta consultoria sobre o tema, explica que com uma horta, restaurantes podem reduzir até 10% no custo dos pratos.
O Guandu atende nomes como Attipo, Epice, Mantín Ferrero e Mesa III. Faz três meses que o Grand Hyatt São Paulo é o único da rede no mundo a criar horta para seus restaurantes – o japonês Kinu e o francês EAU French Grill. São 20 variedades de plantas nos 35 metros quadrados de plantação, com uma variedade de louro, pimenta-biquinho e outros.
Fonte: Folha de São Paulo