Cada vez mais a ciência encontra ligação entre o que se coloca na boca e a manutenção da saúde.
Fonte: Correio Press
O assunto alimentação saudável e balanceada vai muito além das questões relacionadas à boa forma. Cada vez mais a ciência encontra ligação entre o que se coloca na boca e a manutenção da saúde, incluindo a prevenção de doenças e o combate ao envelhecimento (confira no link abaixo as principais substâncias e os alimentos onde são encontradas).
Pois há um grupo de alimentos que não apenas fornece as quantidades necessárias de nutrientes à manutenção do organismo como também traz benefícios ao corpo. São os chamados alimentos funcionais. Entre os benefícios atribuídos a eles está a redução no risco de desenvolver câncer e doenças do coração, além do combate ao cansaço e a sintomas da tensão pré-menstrual.
Conheça mais sobre esses alimentos e o que eles podem fazer por você, com os conselhos das nutricionistas Ana Luisa Kremer Faller, pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e mestre em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Lizandri Rangan, coordenadora do Serviço de Nutrição e Gastronomia do Hospital Leforte, do Grupo Saúde Bandeirantes, de São Paulo.
O que são
O que torna funcional um alimento é a presença de um grupo de compostos identificados nas frutas e nos vegetais, os fitoquímicos, cuja raiz da palavra fito vem do grego planta. Esses elementos são conhecidos como flavonoides, antocianinas, ácidos graxos ômega-3, entre outros. Segundo Lizandri Rangan, eles não são considerados nutrientes já que nossas vidas não dependem deles, como dependem das vitaminas, por exemplo.
Alvos principais
Entre os principais distúrbios combatidos pelos fitoquímicos presentes nos alimentos funcionais destacam-se obesidade, ansiedade e compulsividade, aumento das taxas de gorduras no sangue, disfunções hormonais, anorexia, bulimia, ortorexia (fixação por alimentação saudável), alterações no sono e no humor, dificuldades de aprendizagem, concentração ou memorização, varizes, inchaços, doenças cardiovasculares, alterações na libido, diabetes, artrites, câncer, depressão, doença de Alzheimer, mal de Parkinson, entre outros.
Resultados comprovados
É possível medir os benefícios e malefícios de todos os alimentos, principalmente por meio da realização de exames bioquímicos (mensuração de LDL-colesterol ruim, HDL colesterol bom, triglicérides), exames nutricionais como bioimpedância ou antropometria (mensuração de massa magra, gordura corporal, liquido corporal…), exames físicos (Cabelos quebradiços, unhas fracas, secura labial…), entre outros.
Nada de excessos
Não é porque faz bem que é permitido comer a mais. Os chamados alimentos funcionais devem estar integrados à dieta e nas quantidades corretas, segundo os nutrientes oferecidos e calorias que fornecem ao corpo. “Todos os alimentos possuem uma recomendação desejada de consumo diário de acordo com idade, sexo”, disse Lizandri, que explica que uma alimentação balanceada já é suficiente para suprir a necessidade do corpo. “Ingerir altas doses das chamadas vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K, vitaminas que não são solúveis em água), ao contrário, pode até trazer malefícios à saúde. O excesso de vitamina A pode aumentar o tamanho do baço e provocar queda de cabelo. Para todas as vitaminas existe uma quantidade recomendada através da IDR – Ingestão Diária Recomendada ou Consumações de Referência Dietéticas. Quando solúveis em gorduras, são agrupadas como vitaminas lipossolúveis e sua absorção é feita junto à da gordura, podendo acumular-se no organismo alcançando níveis tóxicos. São as vitaminas A, D, E e K. Já as vitaminas solúveis em água são chamadas de hidrossolúveis e consistem nas vitaminas presentes no complexo B e a vitamina C. Essas não são acumuladas em altas doses no organismo, sendo eliminada pela urina”, afirmou.
Contra TPM
A ingestão de carboidratos integrais e pequenas refeições em curto espaço de tempo melhoram a oscilação de humor e a depressão. Sais minerais, como o magnésio e vitaminas dos tipos a B6 e a E, aliviam a retenção de líquido e a vontade de comer doces, o mal estar, a fadiga e a ansiedade. “A soja é imprescindível em períodos de TPM, afinal o cálcio nela existente diminui drasticamente o inchaço, a cólica e a enxaqueca. Além disso, o consumo diário de 20 g a 50 g de proteína de soja isolada pode resultar em uma redução de 20% a 30% do risco de doença coronariana e pode reduzir a freqüência e intensidade dos sintomas da menopausa”, afirma a nutricionista Lizandri Rangan.