Pesquisadores criam tratamento contra a listeriose a partir da planta, típica do Nordeste; doença mata 30% dos infectados.
Fonte: iG São Paulo
Pesquisadoras da Universidade de São Paulo (USP) descobriram o poder antimicrobiano do alecrim-pimenta, planta que é mais comumente encontrada no Nordeste brasileiro. O estudo revela a eficácia principalmente no combate à bactéria causadora de uma infecção grave conhecida como listeriose, que atinge particularmente crianças, idosos, gestantes e pacientes com baixa imunidade. A listeriose é relativamente rara, mas altamente letal: entre as doenças transmitidas por alimentos contaminados, é a que causa o maior número de mortes. Um em cada três pacientes contaminados pela bactéria Listeria monocytogenes acaba morrendo.
A análise da planta, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi realizada em caldos de pescado e filés do peixe surubim. A pesquisadora Fernanda Barbosa dos Reis injetou nos peixes a bactéria e os extratos da planta. Em outro experimento, além dos componentes já testados, foi adicionada a bactéria Carnobacterium maltaromaticum C2, encontrada frequentemente em outros animais e que que tem conhecidas propriedades antimicrobianas.
Nas amostras em que estava presente somente a bactéria antimicrobiana houve redução do agente causador da listeriose. A pesquisadora comprovou, no entanto, que nas amostras em que o alecrim estava isolado, o resultado foi maior. Ainda assim, o recomendável é o uso associado das duas armas, diz ela.
Segundo a pesquisadora, a planta poderá ser utilizada como uma espécie de tempero ou aplicada por meio de processos industriais durante a produção dos alimentos. Para que seja comercializada, contudo, ainda são necessários estudos que comprovem se há alteração do sabor ou cheiro do alimento após sua aplicação.
O alecrim-pimenta é uma árvore do Nordeste brasileiro, encontrada principalmente no Ceará. Estudos revelaram que há possibilidade de usar a planta no combate a outros microorganismos. “A probabilidade é grande de que ocorra o mesmo efeito com diversas bactérias, mas é preciso realizar mais testes”, afirma Elaine Cristina Pereira de Martinis, orientadora da pesquisa.
Regulamentação
Com sintomas como febre, dor no corpo e tosse, a listeriose gera infecção, meningite e atinge o sistema nervoso. Ela não é uma doença comum – sua taxa de incidência é de dez casos por milhão. “Depois de revelada a doença, o tratamento é feito à base de antibióticos. Por isso é importante se prevenir, lavando e cozinhando bem os alimentos”, afirma Alessandro Mondelli, professor e responsável pelo departamento de microbiologia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).
Para impedir a comercialização de alimentos contaminados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamenta o limite máximo da presença da bactéria L. monocytogenes. Queijos são os únicos com essa regulamentação, já que a bactéria possui grande tolerância a situações adversas, como acidez extrema e baixas temperaturas. Nos demais alimentos, a definição é ausente, pois não é permitida em nenhum grau a presença do microorganismo.
Bruna Bessi
Soja preta: um aliado contra o ganho de peso
Soja preta: um aliado contra o ganho de peso
A soja é um importantíssimo alimento funcional. Apresenta diversos componentes com efeitos benéficos à saúde, como: isoflavonas, ácidos graxos ômegas 3 e 6, proteínas, vitaminas do complexo B, fibras e minerais (cálcio, ferro, fósforo e potássio).
Fonte: Portal Fator Brasil
A soja é um importantíssimo alimento funcional. Apresenta diversos componentes com efeitos benéficos à saúde, como: isoflavonas, ácidos graxos ômegas 3 e 6, proteínas, vitaminas do complexo B, fibras e minerais (cálcio, ferro, fósforo e potássio).
Pesquisas científicas mostram que a soja exerce efeito protetor contra diversas doenças, entre elas as cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer, como o de mama, colo do útero e próstata, aterosclerose, colesterol elevado, osteoporose e constipação intestinal. Também é recomendada no alívio dos sintomas da TPM e menopausa.
Antocianina -A soja preta possui em sua casca uma substância chamada antocianina, um fitoquímico de ação antioxidante, responsável pela coloração da soja preta.
O consumo de alimentos fontes de antocianina é importante para a prevenção contra câncer e envelhecimento precoce, além de proteger contra doenças cardiovasculares. Além da soja preta, encontramos a substância no açaí, cranberry, amora, cereja, nas cascas da uva roxa e da jabuticaba.
Benefícios da soja preta – Segundo pesquisa publicada no Journal of the Science of Food and Agriculture e realizada pela Universidade Hanyang, de Seul (Coréia do Sul), a soja preta pode ajudar a controlar o peso, os índices de gordura e o nível de colesterol, além de ajudar a prevenir diabetes.
Os nutrientes presentes na soja preta podem afetar o metabolismo de gordura no fígado e tecidos gordurosos, reduzindo a síntese de novos ácidos graxos e colesterol conferindo a ela uma ação antiobesidade.
A antocianina presente na casca da soja preta neutraliza a ação dos radicais livres, atuando na prevenção de câncer, principalmente de mama e do envelhecimento precoce.
Fonte de fibras solúveis previne contra diabetes e auxilia na redução do colesterol total, LDL colesterol e triglicérides. É rica em cálcio, mineral importante para a saúde dos ossos e dentes.
Como consumir a soja preta – A farinha pode ser acrescentada à sucos, iogurtes, vitaminas, pães e bolos. Em grãos, pode ser utilizada para o consumo cozida como feijão, em sopas ou saladas.| Fonte: Bruna Murta – Nutricionista Mundo Verde Franquia.