Segundo publicação da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), 30% dos óbitos do país são provenientes das doenças cardiovasculares, tais como infarto, acidente vascular cerebral (AVC ou derrame cerebral) e morte súbita. Somente em 2023, foram mais de 280.330 mortes computadas pela plataforma ”Cardiômetro”, da SBC, que registra em tempo real a quantidade de vítimas fatais dessas enfermidades.
Entre esse grupo de doenças do coração, o infarto foi o responsável por internar cerca de 70% de todos os pacientes do país em instituições de saúde públicas e privadas, tendo um aumento de mais de 150% nas internações para casos da doença entre os anos de 2008 e 2022.
Parte desses percentuais pode estar ligada às negligências com os cuidados da saúde herdadas pelo período de isolamento da pandemia de Covid-19, conforme esclarece o Dr. Thiago Ribeiro, cardiologista clínico e supervisor médico dos hospitais Copa Star e Copa D’or.
“Na pandemia, as pessoas ficaram dois anos sem fazer avaliações médicas, check-ups, atividade física e sem adotar hábitos saudáveis. Além disso, o fator emocional desempenhou um papel importante, com altos níveis de estresse, medo, preocupação e pânico’’, afirma.
Para o Dr. Ribeiro, esses mesmos fatores podem ter contribuído para elevar a incidência de hipertensão, colesterol alto, glicose elevada, distúrbios do sono e demais condições semelhantes, aumentando os casos de doença arterial e coronariana.
Estatísticas
O estudo da Abramet (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) realizado junto ao SUS, mencionado no portal da SBC, comprova que a pandemia de Covid-19 tornou as pessoas mais negligentes com os cuidados da saúde ao divulgar a queda de 28,5% na quantidade de exames de dosagem de colesterol HDL realizada em 2020, quando comparada ao ano de 2019.
Entre 2008 e 2020, a quantidade de internações por infarto entre homens passou de 5.282 para 13.645, representando uma alta de 158%. Já entre as mulheres, o número foi de 1.930 para 4.973, tendo um aumento de 157%, segundo publicação da CNN. A matéria levou em consideração dados do Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, do Ministério da Saúde, considerando todos brasileiros que utilizam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Também está comprovado que doenças cardiovasculares matam mais do que câncer, causas externas (acidentes e violência), doenças respiratórias e demais infecções.
Prevenção e tratamento
Conforme orientações do Ministério da Saúde, cuidar da alimentação, praticar atividade física regularmente, manter o peso saudável, ficar longe do cigarro e identificar os fatores de risco precocemente são alguns dos exemplos de soluções para sucesso do diagnóstico e do tratamento.
Já para pacientes em condições de doença, o serviço de acompanhamento personalizado, que consiste em assistência médica e cuidado integral por 24h, surge como uma alternativa simplificada de tratamento, sendo possível, através dele, identificar prontamente fatores de risco e prescrição de medicamentos específicas para cada caso, conforme explica o Dr. Thiago Ribeiro, que implementou essa modalidade de atendimento em seus consultórios no Rio de Janeiro.
“O acompanhamento contínuo permite monitorar a resposta do organismo às medidas adotadas. Quando a doença já está mais avançada, a internação oferece a oportunidade de tratamento mais ágil e direcionado, com menos invasividade e menor tempo de internação’’, diz.
Etapas do acompanhamento personalizado
O serviço funciona de duas maneiras complementares, explica o médico. A primeira acontece no consultório, onde são identificadas as ameaças e potenciais riscos, definindo frequência dos exames, dosagem de medicamentos e metas específicas, como perda de peso ou mudança de hábitos. Esses fatores são acompanhados de perto para garantir que as condições do paciente estejam melhorando.
Se não houver melhora, acontece a segunda parte do processo de internação do doente, que passa a receber cuidados individualizados, permitindo realizar exames e tratamentos de forma mais objetiva. A alta hospitalar é concedida com acompanhamento médico pós-hospitalar, seja presencial ou por telefone.
Além disso, a alimentação, horários para exames e demais atividades são personalizadas, de acordo com a preferência de cada paciente, bem como a comunicação e suporte da família e de outros profissionais de saúde. Para o Dr. Thiago, esse acesso contínuo aumenta a velocidade do tratamento e proporciona ao paciente e à família uma sensação de segurança e previsibilidade.
“A comunicação não se limita aos encontros presenciais nas consultas. A disponibilidade para esclarecer dúvidas, resolver intercorrências e orientar em casos de emergência é essencial”, afirma o Dr. Ribeiro. “Esses fatores oferecem tranquilidade e suporte ao paciente, resultando em uma relação mais rica e benéfica entre o médico, o paciente e a equipe hospitalar’’, finaliza.
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