O lixo é o destino de 30% de cereais, 20% de sementes, carnes e laticínios, 35% de peixes, e entre 40% a 50% de vegetais e frutas.
As informações são do Relatório de 2015 da FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura.
Só nos Estados Unidos, 60 mil toneladas de alimentos são desperdiçados por consumidores e distribuidores, segundo dados do governo. Esse número representa quase um terço de tudo o que é produzido no país.
De acordo com a Embrapa, 40 mil toneladas de alimentos por ano vão para o lixo no Brasil. Para José Torres, presidente do Sindicato dos Feirantes do estado de São Paulo, os comerciantes incentivam a compra de alimentos para produção de sucos e molhos, mas quando não conseguem vender, eles vão para lixeira.
Verduras, legumes e frutas desprezados por muitos consumidores servem para alimentar pessoas com dificuldades financeiras. Para ajudar nesse processo, os bancos de alimentos, organizações e projetos costumam intermediar as doações.
“A gente quer sempre aquele tomate que viu no anúncio”, afirma Rene Lopo, assessor técnico do Mesa Brasil Sesc, projeto que busca recuperar alimentos que seriam jogados na lixeira. De acordo com ele, os principais atendidos são crianças e idosos, com destino para abrigos, casas de repouso e albergues públicos.
Roberta Adair, gestora da Associação Maria Helen Drexel, entidade acolhedora de crianças em estado de negligência, afirma que não há nenhum problema com os legumes e frutas feios. Ela afirma que as crianças não têm nenhum problema com os alimentos recebidos.
Os maiores supermercados nacionais, o Grupo Pão de Açúcar e Carrefour, têm projetos para minimizar o desperdício de alimentos. De acordo com eles, a doação de ambos equivalem a mais de 5 mil toneladas de frutas, verduras e legumes.
Fonte: Folha de S.Paulo