O gosto dos brasileiros por alimentação está mudando devido às mudanças econômicas sofridas no País. Nesse ano, o consumidor brasileiro teve que fazer alterações nos seus hábitos, com função de minimizar os impactos da economia.
Dados da Pesquisa Nacional da Pesquisa por Amostra de Domicílios ( Pnad) Contínua mensal demonstram queda sucessiva na massa de rendimento mensal nos últimos meses.”Há um processo de desaceleração. Pela Pnad, a massa salarial teve aumento de 1% no acumulado de 12 meses encerrados em maio, o menor crescimento da série histórica, iniciada em 2012″, explica Rodrigo Leandro, pesquisador no Instituto Brasileiro de Economia ( IBRE ), ligado ao Instituto Getúlio Vargas.
Dentro da América Latina, o brasileiro é quem mais mudou de hábitos em 2015 devido à economia. Um levantamento feito pelo Instituto Data Popular divulgado nesta quinta-feira, 9, mostra que 88% dos entrevistados alegaram que mudaram alguns hábitos pessoal devido à economia, cortando diversos gastos. Essa pesquisa também foi feita no Uruguai, Chile, Argentina e México, além do Brasil.
Mudanças no lazer e em compras mensais foram um dos principais cortes. De acordo com o Associação Brasileira de Bares e Restaurantes ( Abrasel), a média de queda em restaurantes com tíquete médio entre R$ 30 e R$70 foi de 3% no primeiro semestre do ano. “Já o movimento nos lugares com ticket até R$ 30 aumentou entre 4% e 10%. O consumidor está procurando opções mais baratas”, conta o diretor executivo da entidade no Paraná, Luciano Bartolomeu.
O consumidor também resolveu reduzir a quantidade consumida nos restaurantes. Esse hábito deve persistir no próximo semestre, com aumento de 10% no valor da refeição, para repassar os custos ao consumidor. “O que não se consegue negociar com fornecedores acaba repassado ao preço final, mesmo com margens reduzidas”, disse Bartolomeu.
Fonte: Gazeta do Povo