Escassez de talentos em nuvem desafia empresas

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Empresas estão com dificuldade em encontrar profissionais com habilidades na área de tecnologia em nuvem. A constatação é de um relatório da consultoria especializada Software One, segundo o qual 98% das organizações globais enfrentam o problema.

Essa mesma porcentagem de empresas reconheceu que a lacuna de habilidades em nuvem afeta negativamente as suas atividades. O relatório aponta ainda que 62% dos entrevistados presenciaram aumento da carga de trabalho devido à escassez de profissionais capacitados. 

“A ausência de equipes especializadas para lidar com tecnologias em nuvem reflete um desafio importante. A migração para a nuvem é uma das transformações digitais mais estratégicas e, ao mesmo tempo, complexas que as empresas enfrentam”, avalia Helg Alves, especialista em gestão de pessoas e recrutamento.

Para a profissional, o relatório da Software One evidencia o que muitos negócios sentem na prática. Sem ter uma equipe qualificada para lidar com a tecnologia, a inovação é prejudicada, além de surgirem riscos em relação à segurança e eficiência operacional.

Alves destaca a importância das empresas adotarem esforços para superar essa dificuldade ‒ algo que, em sua visão, passa por uma mudança cultural e organizacional na qual a tecnologia seja vista como um pilar central para o crescimento. Uma possibilidade é preparar a mão de obra interna para lidar com as habilidades requeridas pela organização.

“Os gestores podem promover o aprendizado contínuo e a adaptação das equipes investindo em capacitação, treinamentos regulares e fomentando uma cultura de inovação. As empresas devem adotar uma abordagem de educação corporativa que inclua treinamentos práticos sobre tecnologias em nuvem, certificações técnicas e o incentivo ao aprendizado autodirigido”, detalha.

Segundo Alves, implementar plataformas de e-learning e workshops sobre ferramentas e metodologias relacionadas à nuvem pode ser uma forma eficaz de capacitar os colaboradores de maneira contínua. 

O e-learning ao qual a especialista se refere é um modelo de ensino a distância que usa recursos tecnológicos, computacionais e audiovisuais para o aprendizado. 

“Outra estratégia é a criação de uma cultura de colaboração interdepartamental, em que diferentes equipes compartilhem conhecimentos e experiências sobre as soluções que estão sendo implementadas”, acrescenta.

Há ainda a recomendação de que os gestores procurem ir além do suporte técnico e mantenham a equipe motivada, reconhecendo o esforço de adaptação. “A promoção de um ambiente onde os erros sejam vistos como parte do processo de aprendizado ajuda a reduzir a resistência às novas tecnologias”, salienta Alves.

Tecnologia x humanos

Nesse último ponto, a especialista destaca a necessidade de uma integração harmoniosa entre as capacidades humanas e as inovações tecnológicas. 

Segundo uma pesquisa feita pela Microsoft e repercutida pela Exame, 49% dos trabalhadores ouvidos disseram ter medo de serem substituídos pela inteligência artificial (IA). Diante dessa preocupação, Alves alerta que as tecnologias devem ser usadas para complementar as habilidades humanas e não para substituí-las totalmente. 

“O foco precisa estar na automação das tarefas rotineiras, liberando os colaboradores para focarem em atividades que requerem criatividade, empatia, liderança e resolução de problemas – qualidades que as máquinas não podem replicar com eficácia”, diz.

As empresas que conseguem encontrar esse equilíbrio criam ambientes de trabalho mais produtivos e inovadores, nos quais o capital humano é valorizado e atua de forma inteligente ao lado das novas tecnologias, finaliza Alves.

Para saber mais, basta acessar: https://www.linkedin.com/in/helg-alves-0081b547?utm_source=share&utm_campaign=share_via&utm_content=profile&utm_medium=ios_app

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