Estudos revelam mitos e verdades sobre poço artesiano e qualidade de vida

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Nos últimos anos, a utilização de poços artesianos para o abastecimento de água tem se tornado uma prática cada vez mais comum, especialmente em áreas onde o acesso aos sistemas de distribuição pública é limitado. 

Dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB) revelaram que, na Região Norte do Brasil, 47% dos municípios possuíam sistemas sem tratamento e que 30% dos municípios do país não contavam com controle bacteriológico da água. 

Por isso, os poços artesianos são alternativas para suprir essa necessidade. No entanto, surgem diversas dúvidas e especulações sobre a qualidade da água proveniente dessas estruturas.

Foi lançado na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) o livro ‘Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano‘. Disponível gratuitamente, o livro é resultado do apoio e esforço institucional da ENSP, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério da Saúde, com o propósito de alcançar um público mais amplo. 

Segundo a equipe organizadora, a obra não apenas apresenta aspectos técnicos, mas também provoca reflexões sobre questões ambientais que devem ser abordadas em todos os setores da sociedade.

Um dos principais tópicos abordados no livro é a existência de uma distribuição desigual do serviço entre regiões do país, entre a população urbana e a rural e ainda entre os municípios. Os estudos apontados nas obras indiciaram que o controle da qualidade da água é feito em apenas 59% dos municípios que dispunham de laboratórios de análises. 

A importância dos poços artesianos para a comunidade brasileira

Segundo Afonso Smiderle, diretor da AVS Poços Artesianos, “os poços artesianos são estruturas fundamentais para o fornecimento de água potável para comunidades carentes em todo o mundo. Esses poços são perfurados em aquíferos subterrâneos confinados, onde a pressão natural faz com que a água jorre até a superfície sem a necessidade de bombeamento mecânico”.

Ele ainda comenta que essa característica os torna uma fonte confiável de água, mesmo em regiões onde a disponibilidade é limitada. Além disso, eles tendem a fornecer água de alta qualidade, uma vez que a filtragem natural do solo durante a percolação ajuda a remover impurezas e contaminantes.

É por isso que prefeituras de diversas cidades brasileiras estão investindo na perfuração de poços, como mostram as notícias das cidades de Lajeado/RS, Rondonópolis/MT e Rio Branco/AC.

Afonso ainda traz que os poços artesianos podem ajudar a reduzir a dependência de fontes de água externas, como caminhões-pipa ou sistemas de abastecimento público, que podem ser inconsistentes ou inadequados para atender às necessidades das comunidades carentes.

Quais são os principais mitos que cercam os poços artesianos?

O diretor da AVS ainda compartilha alguns mitos e verdades sobre os poços artesianos:

“Um dos mitos mais comuns é a crença de que os poços artesianos nunca secam. Embora sejam geralmente mais estáveis em termos de fornecimento de água do que outras fontes, eles continuam sujeitos a secas prolongadas ou reduções no nível do lençol freático”.

“Outro mito é que os poços artesianos são imunes à contaminação. Embora a água subterrânea tenda a ser menos vulnerável à contaminação do que fontes de água superficial, como rios e lagos, os poços artesianos ainda estão sujeitos a poluentes como pesticidas, fertilizantes, produtos químicos industriais e esgoto”.

Para solucionar o problema, ele diz que é fundamental implementar medidas adequadas de proteção e monitoramento para garantir a qualidade da água de um poço artesiano ao longo do tempo. 

E quais são as verdades que as pessoas devem saber sobre os poços artesianos? Afonso destaca que uma verdade importante é que os poços artesianos podem fornecer uma fonte confiável e sustentável de água potável, especialmente em áreas onde outras fontes são limitadas.

Para mais informações, basta acessar: @avs_pocos no Instagram.

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