Crises, instabilidades econômicas, processos judiciais, golpes e fraudes são situações que podem ameaçar os bens e recursos de uma pessoa ou empresa. Para evitar esses riscos, há aqueles que buscam formas legais de garantir a proteção patrimonial.
De acordo com Daniel Chammah, especialista em seguros e proteção de capital, existem diversos meios para isso. O primeiro deles são as estruturas jurídicas, como as holdings familiares, que centralizam a gestão dos ativos. Dessa forma, há a separação do que pertence à pessoa física e à pessoa jurídica – uma estratégia para dificultar penhoras em caso de dívidas pessoais, pois o patrimônio fica juridicamente separado.
Com uma holding, é possível definir claramente como os bens serão distribuídos entre os herdeiros, evitando disputas familiares, reduzindo impostos e garantindo que os desejos sejam respeitados, afirma Daniel Chammah.
“A proteção patrimonial é crucial para resguardar bens contra eventuais credores e evitar conflitos sucessórios. Isso proporciona segurança e tranquilidade financeira”, diz o especialista.
Daniel Chammah destaca ainda os instrumentos financeiros, como seguro saúde, seguros de vida e de invalidez, previdência privada e criação de reservas financeiras em ativos e moedas de baixo risco. O especialista também reforça que a proteção patrimonial, em sua visão, não é apenas para pessoas com alto poder aquisitivo, mas que todos precisam se estruturar e se precaver, principalmente pessoas autônomas PJ e empresários de todos os portes.
No caso do seguro de vida, o benefício está na criação de uma rede de segurança financeira para entes queridos no caso de falecimento inesperado. Sem essa proteção, uma família pode enfrentar dificuldades financeiras significativas para cobrir despesas diárias, dívidas e até mesmo custos com imprevistos, esclarece.
Segundo Daniel Chammah, um seguro de vida pode garantir que os planos para a educação dos filhos, a manutenção da casa ou a realização de sonhos familiares não sejam comprometidos.
Além disso, o que muitos não sabem é que esse seguro não é acionado apenas em caso de falecimentos. É possível recebê-lo ainda em vida, em eventuais imprevistos ou até mesmo por não se fazer mais necessário tal seguro.
“Existem casos que demonstram a eficácia da proteção patrimonial e possíveis erros a evitar nesse processo. Um exemplo são pessoas que tiveram que gastar todo seu patrimônio, inclusive precisando até vender seu apartamento para pagar tratamentos de saúde; ou famílias que tiveram problemas no inventário, pois não tinham liquidez para pagar custos de imposto e advogado, situação na qual ter um bom seguro e adequado a suas necessidades protegeria seu patrimônio”, diz Daniel Chammah.
Uma outra alternativa para proteção patrimonial é a dolarização, ou seja, converter parte da sua reserva financeira para a moeda mais estável, tendo que ser analisada a vantagem e desvantagem para cada situação. Daniel Chammah, no entanto, diz que é necessário avaliar as vantagens e desvantagens dessa opção.
Na hora de decidir como proteger o seu patrimônio, “a pessoa deve avaliar a situação financeira atual, a natureza dos bens a serem protegidos, os riscos envolvidos e os objetivos a longo prazo”, resume o especialista Daniel Chammah.
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