Pequenas e médias empresas mostram tendência de crescimento

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Segundo dados coletados pela Omie e divulgados no Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMES), os pequenos e médios negócios brasileiros cresceram 3,1% no segundo trimestre de 2023. A pesquisa, feita com negócios que fazem parte do sistema Omie e que têm faturamento anual de até R$ 50 milhões, apontou uma tendência de crescimento da movimentação financeira real média das pequenas e médias empresas (PMEs) no Brasil.

Estes números se referem à comparação anual com o segundo trimestre de 2022. A comparação anual entre semestres também indica crescimento: os dados acumulados do primeiro semestre deste ano indicam crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O estudo também mostrou que o desempenho econômico das PMEs variou significativamente de acordo com a região do país. Empresas do Sul e Sudeste apresentaram crescimento total de 8,1% e 6,7%, respectivamente, na comparação entre o segundo trimestre de 2022 e o segundo trimestre de 2023. Já os pequenos e médios negócios do Centro-Oeste e Norte apresentaram crescimento de apenas 2%.

Para a empreendedora Renata Paranhos, estes números representam mais do que um crescimento generalizado ou uma melhora na economia. Sua empresa, a Opalas Joias, é sediada no estado de Minas Gerais e formalmente integra o grupo de pequenos negócios da região Sudeste (que apresentaram crescimento de 6,7%), mas atua em todas as regiões do Brasil através do e-commerce. A empreendedora aponta, então, que os resultados dessa pesquisa podem indicar a importância da diversificação dos modelos de negócios no caso das PMEs. 

Focada nas vendas on-line, a empreendedora acredita que os números são “um reflexo positivo da resiliência e da capacidade de adaptação dos pequenos e médios negócios diante dos desafios econômicos”. Paranhos sugere que o seu caso, uma adaptação a uma tendência no aumento da demanda pela revenda de joias, ilustra alguns dos desafios pelos quais ainda passam os pequenos e médios negócios. 

“Enfrentamos desafios como a concorrência e a manutenção de margens em um mercado em constante evolução. Para os pequenos negócios, é mais difícil criar um nicho sólido no mercado”, opina a empreendedora. “A revenda de joias, por exemplo, pode ser um negócio promissor para empreendedores, e conseguimos nosso nicho com a revenda de joias de prata com pedras naturais. Mas é preciso uma busca constante por inovação”, conta Paranhos.

Resiliência de pequenos empreendedores

O relatório IODE-PMEs também menciona a “resiliência” dos pequenos empreendedores citada por Paranhos, considerando um contexto de juros historicamente elevados. Segundo os autores da pesquisa, o índice deste ano superou as expectativas de crescimento.

A previsão do estudo para 2024 é de que as PMEs apresentem um crescimento adicional de 2,4% em comparação a 2023. Segundo o documento do relatório, isso reflete uma expectativa de desaceleração da atividade econômica. 

No entanto, o estudo também prevê um impacto mais significativo, nas PMEs, das quedas nas taxas de juros, o que deve favorecer uma elevação do consumo. “Como pequeno negócio, dependemos da capacidade de inovação e conexão com os clientes para aproveitar essa expectativa de elevação no consumo”, opina Paranhos. “Estou otimista quanto ao futuro das PMEs no Brasil. Parcerias estratégicas e investimento em marketing digital têm sido fundamentais para alcançar um público mais amplo”, finaliza a empreendedora.

Para saber mais, basta acessar: https://www.opalasjoias.com.br/

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