Para o presidente da Ambev, Bernardo Pinto Paiva, as vendas de cerveja em dezembro podem recuperar o ânimo e ajudar em parte da queda acumulada durante para o ano. A estimativa é que 2016 seja mais positivo. Paiva ainda afirma que vai manter o investimento no Brasil.
As declarações foram dadas durante um evento, junto com representantes de outras cervejarias, da Associação Brasileira de Cervejarias (CervBrasil), em São Paulo. O investimento da Ambev deve continuar a todo vapor. De acordo com Paiva, este ano a companhia investiu R$ 3 bilhões no Brasil, somando o acumulado dos últimos cinco anos, o investimento foi de R$ 12 bilhões.
“Tem ambiente macro que não é bom, mas é preciso encontrar alternativas para entregar performance. O Brasil já passou por outras crises e vai passar por essa também”, explicou Paiva.
Já para o presidente do grupo Petrópolis, os produtores devem esquecer a crise e se concentrar no que sabem fazer, que é produzir cerveja.
A produção de cervejas no Brasil acumulou queda de 1,7%, com 11,05 bilhões de hectolitros. Abril foi o mês com maior retração para o setor (12,8%). Porém, entre agosto e outubro o setor sentiu uma recuperação, com crescimento de 5% em agosto, 13,9% em setembro e 4,1% em outubro, em comparação com o mesmo período de 2014.
André Salles, presidente da CervBrasil e da Brasil Kirin, o mês de novembro voltou a ter um recuo. “Dezembro é, normalmente, um mês bom de vendas, o que pode segurar um pouco o ano”, pontua. O presidente destacou algumas medidas para que o próximo ano seja mais positivo que o restante da economia, como aumentar a distribuição, diversificar a linha de produtos e ter novas embalagens.
O presidente da Heineken, Didier Debrosse, afirma que um momento ruim na economia não deve impactar o consumo de cervejas especiais, foco da marca. “Em momentos de crise na Europa, nós vimos o consumo das cervejas premium crescer”, afirma.
Fonte: Valor Econômico