O sucesso da bebida passa por investimentos em tecnologia e melhoria dos vinhedos.
Fonte: Zero Hora
Até chegar à mesa do consumidor, a bebida, que por muito tempo era apenas um sinônimo de festa, ultrapassou a formalidade dos brindes e consolidou-se no mercado nacional com investimentos em tecnologia, produzindo espumantes de qualidade a preços acessíveis. As borbulhas que enfeitam as taças de espumantes a cada virada de ano deixaram de ser exclusividade de datas festivas.
Por muito tempo sinônimo de festa, assim como o panetone, ultrapassou a formalidade de brindes e passou a harmonizar refeições e momentos de descontração. A consolidação dos espumantes brasileiros não vem sozinha, traz na raiz investimentos em tecnologia e melhoria dos vinhedos que resultou em qualidade e reconhecimento inéditos.
Em 2000, quando os espumantes locais começaram a despontar no mercado brasileiro, as vendas não passavam de 4 milhões de litros. Uma década depois, o consumo da bebida triplicou, devendo chegar aos 13 milhões de litros neste ano, conforme estimativa do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). O momento histórico faz o mercado projetar um crescimento de 20% ao ano daqui para frente, dobrando a produção atual em apenas cinco anos.
— Os brasileiros descobriram um novo consumo, que não está ligado à quantidade, mas ao prazer — afirma Daniel Salton, diretor-presidente da vinícola Salton, de Bento Gonçalves, que detém 40% do mercado nacional de espumantes.
A promoção no emprego da bancária Nicole de Lima, 25 anos, foi a justificativa para um grupo de colegas degustar a bebida em um pub da Capital, no bairro Moinhos de Vento.
— Não podíamos deixar esse momento passar em branco — disse o colega Rodrigo Assumpção, 30 anos.
Enquanto para alguns a bebida é associada a situações especiais, para outros a efervescência já faz parte do dia a dia. As amigas Silvia Deiro, Marly Beatriz Nehring e Celi Monero cultuam o consumo da bebida e a amizade pelo mesmo tempo: mais de 20 anos.
– Espumante tem gosto de festa, sempre temos algo para comemorar – definiu Silvia, comerciante em Porto Alegre.
Joana Colussi ( [email protected])